quarta-feira, 30 de março de 2011

Não sou Tato-bola, não!

Eu estava lendo um livro sobre o mundo animal para a Isadora. Em um dado momento, o bicho da vez era o Tatu-bola. Lendo o livro, repeti o nome do tal bicho várias vezes. Renato estava zanzando pelo quarto e não parecia acompanhar a leitura. De repente, ele se pronuncia com um ar bravo na voz:
- Eu não sou Tato-bola, não! Sou Tato!

Eu e Isadora caímos na risada.

Conversas de amor

Estávamos eu, Isadora e Renato no quarto brincando. Como de costume, declaro para eles na maior simplicidade:

Isadora, mamãe te ama!
Eu também te amo, mamãe.
Tato, mamãe te ama.
Também te amo.

Poucos minutos depois, Marcelo chega do trabalho. Isadora corre para abraçá-lo. Renato ouve vozes e corre também. Ele também abraça o Marcelo e diz:

Te amo também, papai. (Marcelo, claro, ficou com os olhos marejados de lágrimas.)

quinta-feira, 10 de março de 2011

Você tá triste, mãe?

Estava eu fazendo o Renato dormir, cantarolando "Aquarela" bem baixinho. Ele, mais dormindo do que acordado, passa a mão no meu rosto e me surpreende:
-Você tá triste, mãe?
(atordoada com a sensibilidade dele, já que meu tom de voz não estava normal e realmente parecia triste)
- Não estou não, Tato.
- Você tá brava, mãe?
- Não, Tato, mamãe tá feliz.
- Mãe, você é legal.
- Oh, Tato, você também é.
- Sou legal não, mãe. Você é.

Pode parecer ficção, mas o diálogo acima é pura realidade. Realidade inimaginável para um garotinho de 2 anos e 03 meses.

Evoluções do renatês

Renato está cada vez mais fluente em "renatês". Já utiliza frases completas com sujeito e predicado. Está um craque em períodos simples. Por exemplo:
- Quer ver "tevisão".
- Pega "aua" mãe, favor!
- Quer papar. Quer mamar.
- Dodó já "acordô" ?
- Quer "bincar" Lego, pai.

Por enquanto, são poucas as pessoas que compreendem o "renatês". Para ser realista, apenas eu o compreende totalmente. Isadora está se saindo muito bem mas o Marcelo não é lá muito bom nesse idioma tão rico.
Quando uma nova palavra surge e não consigo entender logo, deduzo o que o Renato está querendo dizer na base do tentativa-e-erro: É isso? é aquilo? (quando eu erro, ele nervoso responde não, não e quando acerto ele diz é, é, é). É confuso pra quem assiste o diálogo mas muito gratificante pra quem participa. Adoro aprender "renatês".

quarta-feira, 2 de março de 2011

Tá de batom, mãe?

É muito gostoso estar com o Renato. Acorda bem humorado, dizendo oi com um sorriso lindo. Ele adora abraçar e ser abraçado. Ser beijado então, nem se fala. Sempre que eu o pego no colo, ele já vem perguntando: "Tá de batom, mãe, tá?". Se eu digo que não, ele diz: "Então pode beijar né?". E me beija nas bochechas. Se eu digo que estou de batom, ele desiste. O curioso que essa história do batom começou no elevador, que é a única oportunidade que tenho de passar um batonzinho. Quando Renato pedia beijo eu dizia que não dava por causa do batom e na cabecinha dele ficou registrado assim. Fofo, né?