quinta-feira, 15 de março de 2012

Renato com 3 anos e 3 meses

Sei que faz muito tempo que não dou notícias do meu Renato. Ele completou 3 anos em dezembro e parece que acordou pra vida. Fala de tudo, argumenta, pergunta, discute, bate boca e chora (isso ele faz com maestria). Às vezes finge que chora pra conseguir o que quer. É um manipulador charmoso e adorável. Muito ciumento e possessivo, não gosta de dividir os brinquedos dele com ninguém. Eu o defendo, já tem que dividir pai, mãe e quarto de dormir ainda precisa compartilhar brinquedos?? Ele vai ter muito tempo pela frente pra aprender. Por outro lado, ele é extremamente carinhoso e doce. Gosta de colo, de ficar aninhado e de ganhar beijinho na palma da mão (ele estica a mãozinha na nossa direção e diz: Beija, beija..). Ele se tornou um craque em montar quebra-cabeças de até 60 peças, o que pra idade dele é um grande trunfo. Tem habilidade e muita destreza com Lego (para delírio do pai que é um amante desses bloquinhos mágicos e cheios de possibilidades). Ah, depois que ganhou a Bat-caverna (que ele chama carinhosamente de Batman-caverna), virou fã do Homem Morcego e de todas as suas parafernálias. E já gosta de usar fantasias também. Fica tão fofinho de Batman, Woody, Buzz ou Super Homem.
Renato demorou um pouco pra tirar a fralda. Já estava com 3 anos e 3 meses e nada. Nem mostrava sinal de que estava pronto. Num belo dia, do nada, ele me disse: "Mãe, eu não uso mais fralda!". E foi assim, de supetão, que ele largou as fraldas de vez. No início escapava um pouco e era uma correria até o banheiro. Até à noite, o danadinho dispensou a maldita. Meu Renato está um homenzinho!

Relaxa, mãe!

Trânsito em São Paulo é quase sempre caótico. Sou estressada por natureza. Não sou tranquila, não sou calma. Sou pavio curto, nervosinha. Reclamo, xingo e até buzino (sim, podem me atirar pedras!). Sei o quanto essa combinação de trânsito e gente estressada não é nada divertido para uma criança sentadinha no banco de trás. Isadora é muito calma, tranquila e está sempre na paz. Hoje, para meu espanto, ela me golpeia sem pestanejar:
"Relaxa, mãe. Deixa o trânsito pra lá. Vamos conversar!"  (Ah, como são sábias as crianças!)
Não satisfeita ainda me deu a receita dela pra encarar o caos diário dentro do carro:
"Sabe o que eu faço, mãe? Fico olhando as árvores, as casas.. E também gosto de contar o número de carros passando..!"  (É ou não uma menina muito sábia?)