segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Eduardo e Mônica

Costumamos cantar ou contar estórias para a Isadora e o Renato na hora de dormir. Noite passada, Marcelo contou duas estórias mas eles ainda estavam muito agitados. Apaguei a luz e deitei com eles na cama da Isadora. Ficamos bem apertados, o que é uma delícia. Pensei no que cantaria para niná-los. As músicas não são as tradicionais de fazer dormir: Chico Buarque, Tom Jobim, Legião Urbana, Trem da Alegria, Balão Mágico e por aí vai. Quis cantar Eduardo e Mônica e não lembrava do começo. Sei que o Marcelo já havia ensinado pra Isadora há muito tempo e arrisquei ao perguntar (sem muita esperança):
"Isadora, você sabe o começo da música Eduardo e Mônica?"
E ela, mais surpreendente do que nunca, me respondeu:
"Claro, mãe. Começa assim: "Quem um dia irá dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração...Quem irá dizer que não existe razão...Eduardo abriu os olhos...."..
E cantou tudinho como se tivesse vivido nos tempos em que a música foi lançada, como se fizesse parte daquela geração que diversas vezes cantarolou Eduardo e Mônica, ora ouvindo no rádio ora ouvindo no toca-fitas ou no toca-discos. Me deu uma emoção danada de ouvir minha pequena tão à vontade com um repertório musical tão incomum pra idade dela. Não sei quais serão as preferências musicais dela nos próximos anos e deverei me atualizar nesse sentido. Por enquanto, ficamos com as músicas de antigamente (como já devem dizer por aí)!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Sexo total..Amante profissional

"Moreno, alto, bonito e sensual.." Quem tem mais de 30 anos com certeza lembra desse hit dos anos 80. Tocava sem parar e não saía da nossa cabeça. Pois é. Isadora tem apenas 6 anos e também conhece! Não me dá muito orgulho e a culpa foi minha.
Um dia ela me pediu toda animada e cantarolando quando voltávamos da escola: "Mãe, põe pra tocar a música Sexo-total, Amante profissional (essa parte ela cantou igualzinho)"
Não pude conter a gargalhada nervosa e a saia-justa. Não, não era pra eu achar engraçado. Mas foi melhor rir do que ficar desontrolada e dizer pra ela nunca mais repetir a palavra sexo.
Esclareço de onde ela conhece a música. Certamente que foi ouvindo no meu carro. Meu pen drive tem 3 diretórios de músicas: um com hits nacionais dos anos 80 que um amigo me passou (lembrei de não incluir nesse grupo a infame Sônia do Léo Jaime), outro com músicas do Cocoricó e outro do Trem da Alegria/Balão Mágico (esse último ela chama de música dos anos 80). Quando as crianças estão comigo sempre ouço os dois diretórios de músicas infantis. Nada de músicas que tenham algum conteúdo adulto, certo? Errado. Certa vez, entramos no carro e liguei o rádio. Por descuido, começa onde? Moreno, alto, bonito e sensual... Tarde demais. Isadora adorou o ritmo e a voz. Eu não me atrevi a mudar de música pra não dar um ar de proibido para o tema. Torci  pra que a música passasse batido. E quem disse que passou? Nada. Ela pediu pra repetir. Repeti uma única vez. E dei por encerrada a sessão sem fazer nenhum comentário. Esperei que ela esquecesse. E esqueceu. Pelo menos era o que eu achava até ela pedir pra ouvir. Não coloquei pra tocar inventando que estava difícil achar a música no pen drive e ela aceitou. Mas entrou cantarolando no elevador Sexo total, amante profissional. Ainda bem que não havia nenhum vizinho. Já pensou a cara de susto dele? Só me faltava bem na hora me perguntar o que é sexo? O que iria dizer? E se ela cantar pra professora e amigos na escola? Vai dizer que ouviu no carro da mamãe. Sem falar, que ela cantou perto do Marcelo, que me olhou com cara de interrogação. Tá bom, ela ouviu no meu carro, respondi. Ele apenas sorriu. Imagino a sensação de alívio dele. Ainda bem que foi com a mãe, ele deve ter pensado. Se fosse com ele que Isadora tivesse escutado a música, eu não teria sido tão cabeça fria. Tsc, tsc!

domingo, 5 de junho de 2011

Idiomas segundo Isadora

Isadora inventou uma brincadeira em que eu e ela éramos cachorrinhos. Tínhamos nossa caminha, um cobertor e um bichinho pra roer. Tentando acompanhar a brincadeira perguntei:
- Filha, se somos cachorros, como vamos conversar? Vamos dizer: Au, au, au, au..
- Claro que não, mãe. Não vamos falar cachorrês, vamos falar gentês.
- Cachorrês??? Gentês??? O que é isso? (Perguntei dando risadas, mesmo sabendo a resposta. Eu queria continuar rindo...)
- Ah, mãe. Cachorrês é a língua que os cachorros falam e gentês é a língua das pessoas, oras. Ah, sim. Também tem o adultês, o criancês e o bebenês.
- E o que língua o Renato fala?
- É o Renatês, lembra? É uma mistura do bebenês com o criancês, algumas coisas quem fala adultês entende outras só ele sabe o que quer dizer.


Como uma boa mãe-coruja, não canso de me impressionar com a lógica da Isadora. Ela sabe que existem outros idiomas, como inglês, espanhol e francês, mas o que ela vivencia são as diferentes formas com que as pessoas (e os animais no modo deles) se comunicam.

domingo, 22 de maio de 2011

Mãe, você não tá lendo!

Renato adora ouvir estórias. Adora livros. Adora "ler". Eu adoro muito tudo isso.
À noite, antes de dormir, ele estica seus bracinhos, fica na ponta dos pés e pega um livro na estante do quarto dele. É uma gracinha. Mas nem toda noite eu tenho pique pra ler uma estorinha. Uma noite dessas, tentei enganá-lo. Abri o livro. E comecei a "ler". Parava em cada página, olhava as figuras, e falava qualquer coisa. Falava rápido como se fosse uma conversa e não uma leitura. Continuei meu teatro de leitura. E não é que o danadinho percebeu. Virou pra mim balançando a cabeça e falou:
- Mãe, você não tá lendo, não!

Me desarmou com tanta esperteza. Eu e a Isadora, que estava acompanhando a enganação (ai, que vergonha), nos olhamos com aquela cara de "não acredito". Como foi que ele percebeu? perguntei pra ela. Ela não soube dizer.
Acabei criando forçar pra ler de verdade porque o menino merecia, não é mesmo?

Minhas pernas são menores, mãe!

Moramos a mais ou menos 800 metros de um shopping. Na maioria das vezes, levamos as crianças de carro até lá para tomar sorvete, fazer alguma refeição ou comprar presentes. Algumas vezes, quando o tempo está bom, faço questão de levá-los a pé para caminhar um pouco, olhar as pessoas na rua e deixar o carro em casa. Acho importante que eles saibam atravessar uma avenida, olhar para os dois lados da rua, não ser tão dependente de carro para se locomoverem. Tudo isso é o tipo de coisa que só se aprende fazendo. Na ida, a Isadora não reclama de andar um pouco (que pra ela é andar muito), talvez porque esteja descansada ou porque no percurso há várias descidas ou pelo entusiasmo de fazer um passeio que termina em sorvete (ela adora sorvete). Mas na volta...Haja queixas...Pede colo, pede pra sentar e descansar, pede pra nunca mais ir a pé ao shopping e por aí vai. Toda vez é a mesma coisa. Como sou insistente e acho que eles devem andar a pé, eu não desisto dos passeios, mesmo sabendo que na volta vai ser a mesma ladainha da Isadora. O Renato não reclama. Ele adora andar e quando está cansado pegamos ele no colo (ele é mais leve e não tem repertório verbal pra queixas).
Ontem, estávamos assistindo TV e sem mais nem menos Isadora fala pra mim:
Isadora: Sabe, mãe, já sei porque eu fico tão cansada quando a gente volta a pé do shopping.
Eu: Ah, é. E por quê? (atônita pela conversa inusitada. Isadora sempre me surpreende. Aquela cabecinha está sempre matutando alguma coisa!)
Isadora: Porque minhas pernas são menores que as suas. A gente anda a mesma distância mas como minhas pernas são menores, eu canso logo.
Eu: Nossa, Isadora. Você está certa. É por isso mesmo! (É ou não é uma menina prodígio?)

Renato de óculos

Estou devendo um post contando como descobrimos que o Renato precisava usar óculos.
Foi muito rápido. Um olhar atento dos pais em uma hora muito específica do dia: assistindo TV. Era uma quarta à noite de janeiro. Renato vidrado na telinha. Marcelo nota que o olho esquerdo do Renato estava tortinho pra dentro. Que estranho, Marcelo comentou comigo. Não deve ser nada, disse ele. Na manhã seguinte, assistindo a bendita, eu observo que agora era o olho direito que estava tortinho. Alerta ligado. Alarmada, comento com o Marcelo que disse para observarmos. Sexta de manhã, desespero total. Os dois olhinhos completamente desviados. Meu Deus, fiquei desesperada: Meu filho é vesgo! Quase chorei. Mas sendo prática, tomo logo as devidas providências. Ligo para o pai-médico, lógico.
Eu: (em pânico, com dor de barriga e querendo chorar) Amor, você não vai acreditar. O RENATO É VESGO. E agora?
Marcelo: O que é isso, amor? Calma.Vamos continuar observando.
Eu: Observar??? Observar o que mais?? Vou ligar para o pediatra agora.
Marcelo: Tá bom, vai. Liga. E se for estrábico (vesgo é ofensivo), a gente lida bem com isso. Existem coisas mais difíceis do que estrabismo. (ele ainda vai me matar com esse tipo de conclusão.)
Ligo para o pediatra.
Eu: Doutor, meu filho está com os olhos tortinhos. Está vesgo, Doutor!
Doutor: Leva ele no oftalmologista imediatamente. Não vamos deixar isso pra depois. Marquei consulta com o oftalmo. Após o primeiro exame, o diagnóstico: não é estrabismo, é hipermetropia. Se não for corrigida com o uso de óculos ele pode ficar estrábico, sim. Ainda bem que descobrimos logo no início. Em menos de duas semanas após aquela simples observação do olhinho torto, meu pequeno Tato estava de óculos. Foi estranho no começo. Ele demorou muito pouco para se adaptar. Mas está aí, usando seu óculos, o que lhe dá um ar sério e uma certa exclusividade. Ele é a única criança da escola e de nosso meio social e familiar que usa óculos.
E, corujices à parte, ele fica muito charmoso. Parece uma miniatura do Clark Kent!

domingo, 8 de maio de 2011

O que existe por trás da porta

Isadora entrou no primeiro ano praticamente alfabetizada. Já lia e tentava escrever algumas palavrinhas. Na última sexta, ela trouxe na mochila da escola, cinco pastas das lições feitas em classe e em casa: português, traçado, projeto, inglês e matemática. Sobre as lições de português, matemática e inglês não há muito a comentar. O objetivo das lições de traçado é desenvolver a coordenação motora fina (uh!) e treinar o movimento correto dos numerais. Acho que funcionou, porque até bem pouco tempo atrás, o 5 ainda saía invertido. As lições do projeto envolvem assuntos ligados ao tema escolhido para o período. O projeto do momento é a história da escrita, das paredes ao computador. Muito interessante para crianças tão novinhas. Imagina descobrir que os homens das cavernas escreviam símbolos nas paredes? E aprender sobre o alfabeto hieroglífico?
Aproveitando um momento de sossego aqui em casa, li todas as lições atentamente para avaliar a evolução da Isadora. No início, ela só escrevia com letra de forma. Agora, já arrisca a tal letra cursiva, que para ela era um mundo à parte. Ela morria de vontade de começar a escrever com letra cursiva. E a danada capricha na escrita. Corujices à parte, Isadora está se saindo muito bem em todas as matérias.
De todas as lições, a que mais me chamou a atenção foi a do dia 26/04. Começava com a letra da música "A casa". A professora deve ter cantado junto com as crianças. A primeira parte da lição era para desenhar uma casa para cada uma das duas portas ilustradas na folha. Isadora fez uma casa completa, com janelas, telhado e uma pequena trilha em direção à porta. Na outra, ela desenhou uma casa sem janela, sem telhado e sem trilha. A segunda parte da lição era para escolher uma das casas e escrever o que existe por trás da porta. Transcrevo aqui o que a Isadora imaginou, escrito em letras maiúsculas:
"EU ENMAJINO QUETEN EU E MINHA MAE CON O MEU PAI E O MEU IRMÃO E UMA ISCADA QUE TEN UNSOTON QUE TEN TODAS ASCOSA."

Minha interpretação do que Isadora imaginou é que, para ela, os pais, o irmão e todas as coisas que ela pode conceber na sua inocência são seu mundo e nada mais.

Fica aí para reflexão: Para você, o que existe por trás da porta?

terça-feira, 19 de abril de 2011

Renato também quer ir ao cinema ver Rio

Com a estréia de Rio, animação do brasileiro Carlos Saldanha, me empolguei pra assistir junto com a Isadora. Em uma dessas conversas em que um está na sala e outro na cozinha, falei em voz bem alta para o Marcelo (não estava gritando, por favor):
- Amor, vamos levar a Isadora pra assistir Rio?
- Claro, deve ser legal. Vamos sim.
(do nada, Renato que estava brincando por perto sem ser notado, se animou, saiu correndo levantando os bracinhos e me falou)
- Também quer ir, mãe. Eba!
Claro que todos riram. Não tem como não levá-lo junto, né? Mesmo que ele não entenda muita coisa e talvez tenha que tirar um dos adultos da sala de cinema, ele ganhou o direito de ir.

Falando de Deus

Isadora diz que acredita em Deus, no céu e no paraíso. Acredita que Deus atende os nossos pedidos. Um dia desses, ela me disse o que já pediu pra Deus.
- Mãe, pedi pra Deus pra eu não morrer nunca e nem ficar com cabelos brancos.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Não sou Tato-bola, não!

Eu estava lendo um livro sobre o mundo animal para a Isadora. Em um dado momento, o bicho da vez era o Tatu-bola. Lendo o livro, repeti o nome do tal bicho várias vezes. Renato estava zanzando pelo quarto e não parecia acompanhar a leitura. De repente, ele se pronuncia com um ar bravo na voz:
- Eu não sou Tato-bola, não! Sou Tato!

Eu e Isadora caímos na risada.

Conversas de amor

Estávamos eu, Isadora e Renato no quarto brincando. Como de costume, declaro para eles na maior simplicidade:

Isadora, mamãe te ama!
Eu também te amo, mamãe.
Tato, mamãe te ama.
Também te amo.

Poucos minutos depois, Marcelo chega do trabalho. Isadora corre para abraçá-lo. Renato ouve vozes e corre também. Ele também abraça o Marcelo e diz:

Te amo também, papai. (Marcelo, claro, ficou com os olhos marejados de lágrimas.)

quinta-feira, 10 de março de 2011

Você tá triste, mãe?

Estava eu fazendo o Renato dormir, cantarolando "Aquarela" bem baixinho. Ele, mais dormindo do que acordado, passa a mão no meu rosto e me surpreende:
-Você tá triste, mãe?
(atordoada com a sensibilidade dele, já que meu tom de voz não estava normal e realmente parecia triste)
- Não estou não, Tato.
- Você tá brava, mãe?
- Não, Tato, mamãe tá feliz.
- Mãe, você é legal.
- Oh, Tato, você também é.
- Sou legal não, mãe. Você é.

Pode parecer ficção, mas o diálogo acima é pura realidade. Realidade inimaginável para um garotinho de 2 anos e 03 meses.

Evoluções do renatês

Renato está cada vez mais fluente em "renatês". Já utiliza frases completas com sujeito e predicado. Está um craque em períodos simples. Por exemplo:
- Quer ver "tevisão".
- Pega "aua" mãe, favor!
- Quer papar. Quer mamar.
- Dodó já "acordô" ?
- Quer "bincar" Lego, pai.

Por enquanto, são poucas as pessoas que compreendem o "renatês". Para ser realista, apenas eu o compreende totalmente. Isadora está se saindo muito bem mas o Marcelo não é lá muito bom nesse idioma tão rico.
Quando uma nova palavra surge e não consigo entender logo, deduzo o que o Renato está querendo dizer na base do tentativa-e-erro: É isso? é aquilo? (quando eu erro, ele nervoso responde não, não e quando acerto ele diz é, é, é). É confuso pra quem assiste o diálogo mas muito gratificante pra quem participa. Adoro aprender "renatês".

quarta-feira, 2 de março de 2011

Tá de batom, mãe?

É muito gostoso estar com o Renato. Acorda bem humorado, dizendo oi com um sorriso lindo. Ele adora abraçar e ser abraçado. Ser beijado então, nem se fala. Sempre que eu o pego no colo, ele já vem perguntando: "Tá de batom, mãe, tá?". Se eu digo que não, ele diz: "Então pode beijar né?". E me beija nas bochechas. Se eu digo que estou de batom, ele desiste. O curioso que essa história do batom começou no elevador, que é a única oportunidade que tenho de passar um batonzinho. Quando Renato pedia beijo eu dizia que não dava por causa do batom e na cabecinha dele ficou registrado assim. Fofo, né?

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Renatês

Já comentei aqui que o Renato tem um idioma próprio: o renatês. Sim, ele fala aquelas coisas que só entende quem convive com ele. Como ele está cada vez mais comunicativo, expressões no renatês é que não faltam. Ele começou a falar frases curtas e até arrisca verbos na primeira pessoa. Não deveria, mas acho tão bonitinho e engraçado quando ele fala errado os nomes dos personagens favoritos. Uma graça.
As frases mais ditas no momento são:
- Deixa assistir "tevisão", mãe. Deixa. Favor (tudo que ele quer, ele pede Por favor)
- Mãe, deita "ati". Vem.
- Mãe, quer mamar.
- Mãe, "fazeu" mamar?
- Mãe, quer ver "woody" (qualquer Toy Story), nemo, barney, "cocó", "ito" (meu malvado favorito)
- Quer "mamacha" (bolacha), pão, "nanana", "cuco"
- Quer brincar de "keko"
- Mãe, monta "beça" (ele adora brincar com quebra-cabeça)
- Dente, dente (pedindo pra escovar os dentes, que ele também adora)

Cada dia que passa Renato fala algo novo e muito gostoso de ouvir. Adoro!

Isadora começou o primeiro ano da escola

Isadora não está mais na "escolinha". Depois de 4 anos no aconchego das tias e na calmaria de uma escola pequena e acolhedora, Isadora cresceu, criou asas e levantou um vôo mais alto: começou ontem o primeiro ano do ensino fundamental (o antigo pré). Eu, claro, estava mais ansiosa do que ela. Fizemos juntas as compras do material escolar, ela escolheu grande parte dos itens. Foi uma farra. Durante algum tempo, passei noites em claro, encapando livros, etiquetando, organizando. Eu curti muito! Estava tão orgulhosa da minha pequena, agora não tão pequena assim. Ela já lê, já escreve, faz cálculos simples e soluciona problemas lógicos. Sim, ela é demais.
Quando chegou o grande dia, começamos a arrumação mais cedo para evitar atropelos e pitis da Isadora. Deu tempo até para tirar fotos do primeiro dia de aula. Eu adorei. Ela gostou.