quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Renato com 1 ano


Até que enfim um post neste blog. Ando sumida daqui mas não por falta de vontade ou de assunto. É um cansaço básico de quem tem 2 filhos, uma casa para administrar e um espírito bem desorganizado que ainda não se adaptou a vida do lar (e acho que não vai se adaptar nunca).

Renato completou 1 aninho dia 04/12. Ele está cada vez mais esperto e danado. Um verdadeiro moleque. Falta pouquinho para andar sozinho. Ele anda se segurando nos móveis. Quando fica solto sem segurar em nada, bem que fica em pé mas não se arrisca de andar. Abaixa-se e engatinha numa velocidade espantosa.
Eu bem que queria mas ele não dorme a noite inteira e acho que está meio longe disso acontecer.
Ele ainda mama e muito: de manhã, de tarde e à noite. E come quase o dobro do que a Isadora comia na mesma idade. Nem por isso ele é cheinho. É um magrelo.
Ele gosta de ouvir música e adora ligar e desligar o CD player. Adora apertar botões, tirar e colocar brinquedos em potes e caixas.
Faz uma farra na hora do banho e reclama na hora de sair. Na verdade, ele reclama de tudo: da troca de fraldas, da cadeira do carro, de vestir roupa, etc. Reclama mesmo. De ficar resmungando, gritando, fazendo uns grunidos que parecem linguagem de um pequeno homem das cavernas.
Não fala nenhuma palavra em português só em renatês (os sons são estranhamente parecidos com palavras em português). Ele jura que está conversando conosco mas não sai nenhuma palavra conhecida no nosso idioma. Mas é incrível como ele entende o que falamos. Se perguntamos onde está a vovó, ele olha para todos os lados e fixa o olhar nela quando a encontra.
Ele morre de ciúmes da Isadora quando ela está comigo. Ele chega perto, me agarra e fica empurrando, dando um chega pra lá nela. Ele reclama, aperta a gente com as mãozinhas até ela desistir e sair do meu lado. Uma pestinha esse menino!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

É ou era?

Isadora está com 4 anos e meio. Conhece as letras do alfabeto, conhece os números e já até fala em "reais". Não sabe ler nem escrever. Não sabe o que vem a ser gramática ou matemática. Mas fala um português muito bem falado tanto que se arrisca a conjugar verbos sem saber o que é verbo. Certo dia, Marcelo estava fazendo um suco de laranja pra Isadora, enquanto ela conversava comigo.

Isadora: "Mãe, não é que o suco que o papai está fazendo ERA (pausa) É de laranja?"
Eu: "É sim, filha. Por quê?" (percebi que ela fez uma pausa para corrigir a conjugação do verbo)
Isadora: "É porque vou tomar o suco agora"
Eu: "E por que você não disse que o suco ERA de laranja?"
Isadora: "Aí eu já teria tomado o suco, né mãe?"

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Brincadeira de boneca

Brincar de boneca com a Isadora é uma delícia. Ela fica lá tirando e colocando roupinhas nas bonecas-filhas (as melhores roupinhas são as que ela usou quando bebê ou algumas doadas pelo Renato) e imaginando em voz alta qual o evento importante que a filha vai. Sai cada estorinha engraçada que é uma pena não recordar todas elas.
Basta eu ficar sentada de pernas esticadas e vestindo bonecas. A brincadeira é essa - Isadora escolhe e define tudo: qual é a filha de quem e qual o nome, as roupas que podem usar, quem mora onde, para onde vamos e fazer o quê, etc. Sempre que eu quero usar alguma coisa tenho que perguntar se pode, caso contrário ela dá logo bronca: "Mãe, isso não pode. É da minha filha (ou não faz parte da brincadeira)."
Às vezes, ela esquece que está brincando com alguém e fica lá falando sozinha e andando pela sala inteira com a filha nos braços. Daria para cochilar, se ela deixasse. Se eu pesco um pouquinho, ela dá outra bronca: "Mãe, não pode dormir. Brinca, mãe."
E por falar em sala, transformei a minha em um playground. Minha sala era quase de revista: móveis charmosos, tapete lindo, cortinas claras, espelhão, abajur lindo. Está tudo descaracterizado agora. Encostei móveis e coloquei piscina de bolinhas, caixa de brinquedos, almofadas pelo chão, mesa de pintar, poltrona para bonecas. Uma zona. Isadora e Renato passam horas brincando por lá.
Renato também brinca com as bonecas. Ele tenta tirar os olhos delas, enfia os dedinhos no nariz e ouvidos das bonecas, arranca as roupinhas, morde a cabeça. Ele arranca os cabelos das pobres barbies e joga pelo tapete. Coitadas. Uma delicadeza.

Sonho meu: atualizar o blog.

Eu até gostaria de escrever mais vezes (Isadora sempre tem alguma novidade), mas ando sem tempo e disposição. Sonho meu...
Renato ainda não dorme a noite inteira (outro sonho meu) e quando acorda só volta a dormir mamando. Dá uma canseira danada. Acordo um caco. Meu despertador é a Isadora: "Acorda, mãe. Vem brincar de boneca." (como eu posso acordar pra brincar de boneca se eu passei a noite inteira dando de mamar para um boneco-gente?).
Renato está meio dodói e a noite fica mais dramática ainda (eu dando uma de Galvão Bueno).
Não estou reclamando muito não. Só um pouquinho.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Renato com 10 meses

Renato completou 10 meses no dia 04/10. Ele está mais fofo do que nunca. Simpático, brincalhão, carinhoso e arteiro. Seu sorriso já conta com 6 dentinhos.
"Fala" algumas coisas do tipo bá-bá, pá-pá, dá-dá e outras como shshsuuu, dfjadjfaj, ajdaodfa, afjadfadf, ceruafdjaf... Bate palminhas quando cantamos parabéns pra você, dá tchauzinho, faz "cloc-cloc" com a língua e estica os bracinhos pedindo colo.
Já engatinha desde os 7 meses pela casa toda. Ele é muito ágil e forte. Quando quer pegar alguma coisa, ele "corre" com toda velocidade. Fica de pé com muita facilidade e anda segurando nos móveis. De tanto cair, ele aprendeu que não pode descer sozinho do sofá ou de outro lugar alto. Ele fica olhando pra baixo e "pede" pra descer.
Mês passado, fez a tal cirurgia de fimose. Tadinho. Sofreu um pouco mas se recuperou logo.
Brincar com o Renato é uma delícia. Tudo que fazemos ele tenta repetir do jeitinho dele. O que ele gosta mesmo é de esvaziar caixas, gavetas e desempilhar blocos. Marcelo estava ensinando ele a colocar moedas no cofre. E não é que hoje mesmo ele colocou direitinho? Um gênio!
Outra coisa que ele gosta de fazer é comer. Ele come de tudo: arroz, feijão, macarrão, peixe, carne, gema de ovo, batata, lentilha, batata-doce, quiabo, etc. Cada gororoba que a Isadora nem gosta de ver ("Mãe, tira essa comida do Renato da minha frente!"). Ele gosta de algumas frutas e detesta suco e leite. Já toma água direto do filtro (que ferver que nada) e às vezes até come do nosso prato.
Continua mamando de madrugada e nunca dormimos uma noite inteira.
Isadora está curtindo cada vez mais o irmão. Eles brincam juntos no mesmo espaço mas não com as mesmas coisas. Já "brigam" por brinquedos e pelo colo da mamãe aqui (adoro isso!).
Toda noite levo o Renato para dar boa-noite para a Isadora. Ele fica lá pelo quarto dela, zanzando e mexendo. Certo dia, ao ver o irmão revirando as coisas dela, ela me disse algo que nunca vou esquecer: "Mãe, bebês são tão fofos, né? O Renato é um fofo, mãe."

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Mãe, quero deitar na rede!

Isadora já foi em Belém uma vez aos dois anos de idade.
Lá ela tomava banho várias vezes ao dia. Banho de verdade, com sabonete, shampoo e condicionador. Banho de farra, no quintal, com canequinha e no tanque de lavar roupas.
Lá ela não tomou açaí porque não quis, mas ofereci, claro. Não gostou de sorvete de cupuaçu nem de tapioca. Mas curtiu muito comer tapioquinha no café da manhã.
Lá ela dormia na rede, brincava, se embalava. Lá ela soube o que era uma rede e como é importante para as pessoas da região. Rede serve para dormir (substitui cama), para soneca, para descansar, brincar de balançar, embalar neném, para ficar à toa e jogar conversa fora, é uma "cama para qualquer viagem".
Eu só fui dormir em cama com 12 anos de idade. Até então só dormia na rede. Em casa tinha até beliche de rede com mosquiteiro e tudo.
Não, eu não tenho problema grave de coluna e nem fiquei torta. Não, eu não acordava com dores nas costas. Não, eu nunca quis uma cama até ter uma. Sim, morro de saudades de dormir em rede.
Contei essa historinha aí em cima para se ter uma idéia de como eu conheço bem rede e de como deitar numa. Mas não é coisa que se passa de mãe pra filho como eu pensava. Leiam só como eu descobri isso.
No último fim de semana fomos para Itanhaém, onde a família do Marcelo tem uma casa. É praia (motivo para ter rede na casa). Isadora viu os "armadores de rede" (não sei como chamam por aqui os tais suportes pra pendurar rede) e me disse que queria deitar na rede. Fiquei feliz com o interesse dela e fui correndo buscar uma. "Atei" a rede (o mesmo que pendurar a rede nos suportes apropriados). Atei bem baixinho para que se ela caísse não se machucasse tanto (sabe como é, queda de rede quando não mata, aleija). Pedi pra Isadora deitar. Para o meu espanto, horror, surpresa e todas as emoções malucas, Isadora levantou a perninha e colocou o pé para entrar na rede, como se estivesse entrando numa caixa. Como assim, ela não sabe deitar na rede?????? Não nasceu sabendo, claro. Depois do susto inicial, dei muita risada. Mostrei e ensinei que ela deveria primeiro esticar a rede com uma mão e com a outra ajeitar um pouco embaixo do bumbum, fazendo uma cadeirinha. Ela sentou, se embalou e se divertiu. E eu ri e chorei de ver minha pequena paulista se embalando naquela brincadeira que pra mim durante muitos anos foi uma cama.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Roupas de criança - lojas, brechós, ponta de estoque

No Bom Retiro
By Tilly - Rua Anhaia, 227
Baby Fashion - Rua Anhaia, 162
Baby Passo a passo - Rua dos Italianos, 301 (http://www.babypassoapasso.com.br/catalogo/index2.php) (roupas de bater no dia-a-dia)

No Cambuci
Granata - (famoso saco preto) - Rua Clímaco Barbosa, 105
Fone: (11) 3208-4977

Obs. Estacionar antes da loja.

Na Liberdade

Green - Av. Liberdade, 128
Cara de Menino - Rua dos Estudantes, 18

Na Jabaquara
Bebê mix - A. Jabaquara, 385 (www.bebemix.com.br)
Japonesa baby - Av. Jabaquara, 820 (próximo ao Metrô Praça da Árvore) - Essa loja é ótima para compras de emergência e de roupas mais basiquinhas

Brechós e Ponta de estoque
Repeteco (http://www.repeteco.com.br/) - (recomendo fortemente. tem brechó de roupas usadas e ponta de estoque no segundo andar)
Poppy Kids Outlet (
www.poppykids.com.br)

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Roupas de menino

De roupa para menino, ainda não sou muito craque. Só sei que tem menos opções de cores, menos combinações a fazer e menos roupa para comprar nas lojas. É gritante a diferença entre a quantidade de araras de roupa de menina e de menino. As roupas para meninos ficam quase que escondidas, jogadas num cantinho minúsculo da loja. As cores são variações de verde, azul e bege. Sem falar nas estampas das roupas. Sempre a mesma coisa: batman, homem aranha, carro, barco, bichos...

Roupas de menina

Roupas de menina é um universo tão grande quanto roupas de mulher. É tanta opção de cores, combinações, estampas, detalhes. Dá pra brincar bastante de vestir boneca de verdade.
Algumas meninas são vaidosas por natureza e quando se entendem por gente já dão pitacos no que vão vestir. Minha filha Isadora é uma delas. Depois que completou 3 anos só queria usar cor de rosa. Fica a dica para as mães que não são muito fãs de cor de rosa: aproveitem para colorir o visual das suas bonecas antes que elas saibam o que é cor de rosa.

Dica boa da Eliana Lago para mães de meninas: vestido de verão pode ser usado no inverno com meia grossa (ou legging), botinha e camisa de manga longa por dentro. E se o vestido encurta, vira uma blusinha muito fofa para usar com legging ou shortinho.

Roupas de bebê

Roupa de bebê perde muito rápido porque os bichinhos crescem logo. Então é melhor comprar muito pouco de tamanho RN, um pouco mais de tamanho P e M. Só comprar tamanho G conforme o baby cresce e avaliando como anda o clima (inverno ou verão).
Além do mais, ganha-se muita coisa quando o bebê nasce (isso vale para o primeiro filho, o segundo filho já não ganha tanta coisa). Acho que não vale a pena comprar sapatinho para os primeiros 3 meses. Nessa fase usa muito macaquinho com pé e se tiver calorzão fica de body e descalço.
Quem é mãe no Norte do país nem se preocupa com isso. Lá os bebês ficam só de fralda durante o dia e à noite eles dormem de regatinha bem fresquinha (e um ventilador em cima para não evaporarem de calor).

Roupas dos filhos

Que a maioria das mulheres gosta de umas comprinhas todo mundo sabe. Quando se torna mãe, a mulher tem que fazer compras para os filhos (em alguns casos, para o pai dos filhos também).
O duro é descobrir que uns pedacinhos de panos que usam para fazer as roupas infantis custam tão caro quanto as roupas de adulto. E roupa de criança não precisa ser muito cara, né? Os bichinhos crescem rápido e logo as roupas e sapatos não cabem mais.
Unindo o gosto por compras e a necessidade de vestir e calçar os filhos sem gastar muito, estou me tornando uma especialista em garimpar roupa infantil.
Um grande problema é o tamanho das roupas em relação à idade da criança. Não existe nada padronizado. Tem que ser no olhômetro mesmo e não pela etiqueta. Com a prática, a mãe aprende a relacionar o tamanho da roupa de determinada marca de acordo com o tamanho do filho. Os tamanhos de sapatos são um pouco mais padronizados. E sempre compro sapatos em tamanhos maiores (para a criança usar bastante).
Mas é na tentativa e erro mesmo que se acaba comprando a roupa e sapato no tamanho certo
Nos próximos posts, vou falar um pouco da minha experiência como "produtora de moda" dos meus filhos, dando dicas e endereços de lojas infantis.

domingo, 6 de setembro de 2009

Mãe, eu não quero tomar remédio! (parte 2)

Atendendo aos pedidos dos meus leitores fiéis (que fazem comentários aqui no blog ou pessoalmente), vou contar como convenci a Isadora a tomar o remédio.
Depois de brigas, choros e ressentimentos, era hora de usar a criatividade e improvisar. É verdade que eu queria que a Isadora tomasse o remédio o mais rápido possível porque eu queria dar uma sumidinha de casa. O circo estava armado: avós estavam em casa para ficar de babás e o Renato estava dormindo. Mas a danada da Isadora parecia prever que seria deixada com os avós e quis melar meu passeio. O que me restou? Perdi a chance de escapar de casa para umas comprinhas. Meu passeio tinha sido sabotado. Já que eu não iria mas sair mesmo, ela também ficaria sem o lazer dela: brincar alegre e saltitante pela casa. Chamei-a até a cozinha. Coloquei-a sentada à mesa de frente para mim e falei que ela só sairia de lá depois que tomasse o remédio. Eu disse que não tinha pressa nenhuma. Eram 3 horas da tarde. Como eu não sabia quanto tempo ela suportaria ficar sentada sem fazer nada, juntei um monte de roupas que precisavam de pequenos consertos e faltava-me tempo para fazê-los. Comecei a costurar (à mão, claro) e remendar bem devagar. Ela lá sentada me olhando. Dez minutos depois, queria me ajudar a costurar. Eu disse que ela não iria fazer nada, só ficar sentada. Ela reclamou que eu estava fazendo alguma coisa e ela não. A pilha de roupas de consertos acabou. Saí da cozinha e peguei mais. Isadora começou a perceber que ela não escaparia mesmo, mas continuava resistindo. Depois de uma hora, como eu não parava de remendar roupas, Isadora desistiu. Mas não pensem que foi uma desistência assim simples. Ela, orgulhosamente, me pediu para sair da cozinha que ela iria me fazer uma surpresa. Eu saí e quando eu voltei ela tinha tomado o remédio. Ela tinha uma expressão vitoriosa no rosto, de que ela tinha tomado a decisão por conta própria e não por pressão. Eu estava feliz pelo desfecho. Abracei-a bem forte, enchi-a de beijos e disse que estava muito orgulhosa dela. Ela ficou feliz e saiu para brincar. Detalhe: o remédio estava misturado com um pouco de sorvete de morango. E foi assim que Isadora tomou o tal xarope de manhã e à noite por 5 dias consecutivos.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Pai, o Rubinho sempre não ganha!

Ontem, finalmente a Isadora "viu" o Rubinho ganhar. Apesar da pouca idade, ela já assiste corrida aos domingos com o Marcelo. E é sempre a mesma coisa: o Rubinho sempre perde. De tanto ver o Rubinho perder, ela mesma não acreditava que ele ganharia ontem. Estávamos acompanhando o final da corrida pelo rádio do carro. Marcelo estava ansioso, comentando que finalmente o Rubinho iria ganhar uma corrida de novo. Isadora já acostumada com a derrota dele, construiu uma frase muito estranha mas que resumia a experiência dela com corridas de fórmula 1: "Pai, né que o Rubinho sempre não ganha?" Marcelo respondeu: "Hoje ele ganhou, Isadora".
Parabéns, Rubinho. Você merece!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Salve de retratação

Existe um leitor assíduo do blog mas ele quase não deixa comentário. Mas comenta ao vivo e a cores o que lê por aqui. Por ser tão seguidor do blog, ficou chateado quando não recebeu um salve especial. Então, peço desculpas e lá vai:
Salve especial da Isadora e do Renato para o Tio João que sempre está sempre por aqui no blog

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Salve pelos comentários

Quem assiste Pânico na TV deve conhecer o Zina e a sessão de salves que ele manda quando aparece no programa. Quem não assiste, segue um pequeno resumo: Zina é um carinha simplório, torcedor do Coringão, que ficou famoso ao pronunciar o nome do Ronaldo de uma forma engraçada em uma das reportagens do Pânico. Ele tem participado de algumas matérias do programa e ele sempre quer mandar um alô para os conhecidos dele, o que ele chama de Salve. (eita cultura inútil, hein?)
Parodiando o Zina, quero mandar uns Salve para os meus seguidores que comentam no blog e me deixam super feliz:
  • Salve para as minhas irmãs Sheila e Suzelle (manas, continuem comentando)
  • Salve para o Marcelo (não basta ser pai, tem que participar)
  • Salve para a Malu (comenta mais, vó Malu)
  • Salve para a Tia Cila (ei Tia, sei que pode se difícil ter tempo no Canadá, mas comente, tá?)
  • Salve para a Roberta (que é mãe de dois também e conhece bem as minhas estórias)
  • Salve para a minha amiga-corajosa Adriana (que vai ser mãe pela segunda vez, depois de 15 anos)
  • Salve para quem lê e não comenta (vou ser boazinha com vocês desta vez, mas da próxima não tem salve nenhum)
Atualização dos Salves
  • Salve para a Eliana (que manda um Salve para as mães que além de tudo que já faziam, agora imprimem as lições de casa pela internet e dão aulas para seus filhos até tarde da noite)
  • Salve para a Vovó Malu (que também manda um Salve p/ as mamães e outro para todos os papais que trabalham o dia todo, vão pegar as crianças na escola, ajudam dar jantar, banho e colocá-las na cama)

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Mãe, eu não quero tomar remédio!

Eu não sou fã de tomar remédio. Quando tenho que tomar, é mais uma obrigação para mim. Com a Isadora não é diferente. Dar remédio para o Renato é menos difícil: uma pessoa segura o pequeno, aperta um pouquinho a boca e inclina o corpo dele e outra pessoa derrama o bendito líquido goela abaixo. O bichinho chora, faz cara feia, às vezes cospe mas toma. Agora, a Isadora sai correndo, põe a mão trancando a boca, chora, faz cara feia e NÃO TOMA de boa vontade de jeito nenhum. Tem que ser na negociação (ou seria suborno?). Da última vez, não houve negociação nem nada. A bichinha não arredava o pé. Ameacei colocar de castigo, esconder brinquedo preferido do momento (um pula-pula da Barbie), etc. Não adiantou. Ficou de castigo, escondi o pula-pula e nada. Passou a hora do remédio e perdi a primeira batalha. No dia seguinte, hora do remédio e a mesma novela. Parti para a violência (calma, aqui em casa não rola palmadas): gritei com ela e disse que ela tomaria o remédio na marra. Saí correndo atrás dela, deitei-a no chão, segurei braços e pernas e apertei a boquinha dela e tentei colocar o remédio. Parecia luta de jiu-jitsu. A pequena virou grande! Se contorceu, chorou, mordeu o braço e não abriu a boca. Chorei também. De vergonha por tamanha violência contra minha filha. Me senti a pior criatura da face da terra. Como pode, eu, a adulta desta relação, sujeitar uma criança a esse ultraje? Levantamos do chão, Isadora soluçava e não tirava a mão da boca com medo de mim. Olhei para ela e disse que desse jeito ela não tomaria mesmo o remédio. Mais tarde, arrumei um jeito mais eficiente de ela tomar o remédio sem choros nem culpas. Quer saber como? Só conto depois que 15 pessoas comentarem neste post. Acho que tem gente me lendo demais e comentando de menos.

Durante as férias do Marcelo

Marcelo viajou e eu fiquei aqui para administrar o lar sozinha. Ele me ajuda muito na empreitada diária, dando apoio moral e suporte logístico para que as coisas andem por aqui. Na ausência dele quase de tudo aconteceu - as crianças ficaram gripadas e foram duas vezes ao pediatra em uma semana, a cadela adoeceu e também tive que levá-la ao pet shop para ver o Dr. de cães. Só faltou a empregada ficar doente. A senha do cartão de crédito foi bloqueada quando num surto de desespero pedi para empregada fazer supermercado com o meu cartão. Que bom que você voltou, amor!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Amor, vou escalar o Monte Roraima.

Já fazia algum tempo que o Marcelo pretendia conhecer o Monte Roraima. Viagem de trekking, andar (subir) kilômetros, dormir ao relento a baixas temperaturas, tomar banhos frios e "tchecos" (daqueles que só se lavam as partes que azedam), carregar kilos de bagagem, coisas assim... Bom, eu sempre dizia: "Vai, amor. Mas vai só!". Semana passada, ele decidiu e foi só. Na verdade, ele pensa que decidiu ir mas eu é que deixei porque fiquei aqui com a batata assando nas mãos: cuidar da casa, dos filhos, da cadela, da empregada, da faxineira, do supermercado, da feira, etc. Quase enlouqueci! Sei que pode parecer frescura minha (em certos pontos é mesmo pura frescura) mas não é tarefa fácil para mim. Minha vida inteira foi planejada para estudar e trabalhar. Estudei muito mesmo. Sou graduada em Engenharia Elétrica, fiz Mestrado na Unicamp (modéstia à parte, eu diria) mas durmo e acordo pensando em tomate, beterraba, cebola e afins. Sempre pensando no que vamos comer no outro dia (até o Renato já come!). Às vezes, levanto de madrugada para descongelar carne para o almoço do dia seguinte. Meu Mestrado deveria ter sido em outra coisa (kkkkkk). Não é uma reclamação, é um tipo de desabafo ou um rir-de-si-mesma. Adoro cuidar dos meus filhos, não sinto saudades de trabalhar fora (pelo menos por enquanto) mas não me preparei para ser "do lar". Fico pensando em como minha mãe deu conta de criar 4 filhas, 3 enteados e mais uns primos que se agregavam na nossa casa. Eu, hein! Queria uma família com 3 filhos mas 2 é bom, 3 é demais.
Marcelo voltou hoje, cansado da viagem. Eu estou cansada porque ele viajou. Agora, quem está descansando sou eu, escrevendo este post. O coitado só vai descansar amanhã, quando for trabalhar (aí sim, as férias dele vão começar).

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Mãe, não é assim!

Isadora já tem a estranha mania de filha que gosta de corrigir a mãe (confesso que sou assim também). É um tal de mãe-não-é-assim, mãe-não-é-assado em tudo: canções, como dobrar a roupa, erros do português dela (ela tem uma língua própria), do jeito que gosta que se prepare algo para ela comer e por aí vai.
Vou criar uma série de posts de "Mãe, não é assim" conforme a Isadora fornecer material para o blog. Para inaugurar a série, tenho o seguinte:
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Estava eu cantarolando para o Renato no carro: "Como pode um peixe vivo viver fora da água fria, como poderei viver sem a sua companhia". Isadora parecia que não estava me ouvindo cantar. Santa ingenuidade, Batman! Estava sim e me cortou no meio da cantoria:

Isadora: Mãe, não é assim. Você está cantando errado.
Eu: Como assim? (a bichinha além de não me ajudar a cantar ainda quer me corrigir?)
Isadora: Mãe, não é sem a SUA companhia é sem a TUA companhia, TUA com T !(letras maiúsculas para simular a ênfase da voz dela)
Eu: Quem te disse? Quem falou?
Isadora: Ah, foi assim que eu aprendi. (como se o que ela aprende é mais certo do que eu sei! vejam só como anda o que essa menina pensa)
Para colocar uma pilha, perguntei assim:
Eu: Isadora, e sem a SUA como se escreve?
Isadora: (pensando um pouco) Hum, su-su-su-sua (chiando um pouco). Já sei, é com S. (orgulho da mamãe)

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Isadora e eu arrumando o quarto e ela me ensinando como dobrar o pijama dela. Pode isso?
Eu lá me esforçando para dobrar o pijama do jeito que ela queria e ela tascou um Mãe, não é assim.
Eu: Como dobra a camisa, então?
Isadora: Primeiro você dobra a camisa no meio, depois a manga. Se for manga comprida, dobra para baixo, se for manga curta, dobra para o lado. (incrível, não?)
Eu: (depois da aula de como dobrar a camisa, só me resta aprender como dobra a calça). E a calça, como dobra?
Isadora: É mais fácil. Dobra assim, ó! (dobrando mesmo, sem segredo)

Tão bonitinho vê-la tão independente e segura de si, executando tarefas que podem parecer simples, mas que muito adulto por aí não faz (inclusive eu, que enrolo o pijama e tasco embaixo do travesseiro). Essa menina me enche de orgulho mesmo. Saiu de mim, eu que ajudei a fazer e ainda estou educando (se bem que tem coisas que eu não ensinei para ela)

terça-feira, 7 de julho de 2009

Vou de táxi

Dei para a Isadora usar em nossos passeios um chaveiro com nome, endereço e telefones para se por um acaso (Deus, me livre) ela se perder por aí seja possível nos encontrar. Depois de um passeio em uma loja de brinquedos (sim, isso é um passeio e dos bons), eu e ela fomos visitar o Pedro (priminho de 2 meses). Tio João, pai do Pedro, viu o chaveiro dela, ficou curioso e perguntou se ela se perdesse ela procuraria um policial. Sabe o que ela respondeu? "Não, vou chamar um táxi. Um policial pode me prender."

domingo, 21 de junho de 2009

Renato, com seis meses

Para os que pedem notícias do Renato e reclamam que eu só falo da Isadora, vou postar novidades do bebezinho mais simpático do pedaço.
Renato completou seis meses no dia 04/06. Ele está um fofo. Lindo, saudável e com seus dois dentinhos sempre à mostra.
Ao contrário do primeiro mês de vida em que só chorava dia e noite, agora ele quase não chora. Está quase sempre tranquilo e sorridente. É simpático com todos a sua volta. Adora estar em contato com as pessoas e não curte ficar sozinho. Chora apenas de fome, solidão ou na cadeirinha do carro. Nesses momentos, ele não chora, ele berra.
Já fica sentado sem apoio mas gosta mesmo é de ficar de pé (com apoio, claro!).
Eu e ele completamos com sucesso os 6 meses de amamentação exclusiva. Estamos na fase de introdução de alimentos (frutinhas, suquinhos, sopinhas). No início ele recusou as frutas e a sopinha mas agora posso dizer que ele está batendo um pratão (na verdade, duas colheres de chá). Ainda não dorme a noite inteira (nem eu, snif!) e mama a madrugada toda. É dureza mas também é um prazer. Essa fase de acordar de madrugada passa rápido (deve durar uns 3 anos). Isadora só foi dormir a noite inteira depois de 3 anos.
Renato gosta mesmo é de colo e de estar com as pessoas. Não consigo sair de carro com esse menino. Basta colocar na cadeirinha que ele cai no berreiro. Prefiro sair a pé ou de ônibus. Ele fica muito feliz quando anda de ônibus onde joga charme para as senhorinhas, sorri e "conversa".

Eu sou só uma, mãe!

Isadora já tinha acordado e estava enrolando na cama. Não queria levantar para tirar o pijama, trocar de roupa e tomar café da manhã. Eu a chamei algumas vezes. Na última vez, ela veio com uma resposta muito boa.
Eu: Isadora, vamos trocar de roupa, menina!
Isadora: Calma, mãe. Eu sou só uma! (ops, lá vem bomba!)
Eu: Ah, é? Eu também.
Isadora: Mãe, eu queria ser duas.
Eu: Pra quê? (ainda nem trabalha, nem estuda, nem faz zilhões de coisas ao mesmo tempo e já sabe que mulher precisa se desdobrar)
Isadora: Uma para ficar dormindo na cama e outra para levantar e trocar de roupa. (daqui a alguns anos, imagina o que ela vai achar de acordar na segunda-feira!)

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Mãe, como você nasceu?

Acho que Isadora entrou na fase das perguntas cabeludas, daquelas que parecem pergunta de prova bem difícil.
Isadora: Mãe, como você nasceu?
Eu: (Ai meu deus, seria a pergunta sobre como nascem os bebês? Enrolei um pouco). Como eu nasci???
Isadora: Sim, como foi que você nasceu?
Eu: Minha mãe disse que eu nasci com bastante cabelo e bem fofinha. (ufa, tomara que esta resposta sirva).
Isadora: Não, mãe. Não é isso que quero saber. Como você foi parar na barriga da sua mãe?
Eu: (Me ferrei. Era a pergunta de como nascem os bebês. E agora? Melhor usar a técnica de voltar a pergunta). O que você acha, Isadora? Como fui parar na barriga da minha mãe?
Isadora: Acho que foi papai do céu que colocou você lá.
Eu: (Putz. A conversa saiu de sexo para religião. Piorou! Continuei na técnica de fazer perguntas e não dar respostas). Quem te falou de papai do céu?
Isadora: A tia da escola.
Eu: Ah tá. (ufa, me safei! Não gostei dessa conversa da tia que falou de papai do céu mas valeu para me livrar por enquanto da pergunta de como nascem os bebês)

Engano total. Segundos depois ela foi mais direta.
Isadora: Mãe, como nascem os bebês?
Eu: (Agora já era. Não tinha como escapar. Vou usar uma convserinha fiada que aprendi revendo Barrados no Baile). Filha, eu e seu pai queríamos muito ter você. Uma noite a gente foi dormir e no outro dia você estava lá dentro da barriga da mamãe. No início, você era bem pequena e depois foi crescendo, crescendo até que a barriga da mamãe ficou gigante. Um dia, você nasceu e trouxe muita alegria para nós. (Espero que sirva)
Isadora: hehehe (dando risadinha, parecia satisfeita com a resposta)

Minha filha está crescendo! Já quer saber como nascem os bebês! Por enquanto, não precisei ser tão específica na explicação. Não menti nem fui muito clara. Logo, logo vai chegar o dia em que terei que ser bem clara. Espero que não seja tão logo assim.

domingo, 7 de junho de 2009

Dia especial da Isadora

Isadora completou 4 anos dia 28 de maio. Para comemorar, fizemos o dia especial da Isadora.
Ela não foi à escola. Acordou mais tarde com o quarto cheio de balões (que enchi sozinha de madrugada). Comeu o que mais gosta no café da manhã: pão de queijo. Tinha também ovo mexido.
Como ela já é grandinha, escolheu o presente de aniversário este ano (mamãe, quero ter um óculos escuro de verdade). Logo cedo, levei-a para comprar o tal óculos. Ela estava feliz da vida em escolher o próprio presente. Foi legal. Tomamos sorvete e ela ainda "brincou" de experimentar sapatos na C&A (deste tamanho e já gosta de sapatos). Foi divertido.
O almoço também era especial: arroz, feijão, purê de batata e peixe.
À tarde, os avós passaram em casa para levá-la para escolher o presente dela: uma boneca com mamadeira e chupeta.
No fim do dia, teve bolo de cenoura com cobertura de chocolate quente (outra preferência dela).
Ela se divertiu, ficou em casa o dia inteiro num dia de semana, escolheu os presentes e comeu o que mais gosta.
Ela disse que gostou do dia. Espero que tenha gostado mesmo. Espero que tenha sido um dia para recordar. Espero que essa data se repita por muitos anos. Espero que ela seja feliz. Espero que ela tenha sempre muita saúde e muita alegria de viver. Feliz aniversário, Isadora.

A mãe da Luana foi ótima!

Vira e mexe tem festinha de aniversário de algum amiguinho e Isadora volta pra casa com alguma lembrancinha (no mundo infantil, tudo é inho ou inha!).
Essas lembrancinhas fazem a alegria da garotada, principalmente quando vem um monte de balas em saquinhos. Isadora gosta de balas mas não tem o hábito de comê-las em casa porque eu não compro. Então, quando ela aparece com esses famigerados saquinhos de balas, temos que negociar. Ela tem direito a escolher duas balas, o resto joga-se fora (na verdade, Marcelo come algumas).
Claro, que fico falando que bala é porcaria, que seria melhor que a lembrancinha fosse outra coisinha, etc e tal.
No aniversário da Luana, a melhor amiga da Isadora, a lembrancinha foi um lindo pacotinho com cofre, presilhas, adesivos, tudo cor-de-rosa. Isadora adorou e tascou: Mãe, a mãe da Luana foi ótima! Não deu bala de lembrancinha!

sábado, 30 de maio de 2009

Pegadinhas da Isadora

Isadora: Mãe, quero ser rica!
Eu: O quê??? (onde ela aprendeu essa palavra). E você sabe o que é ser rica?
Isadora: Sei, sim. É ter dinheiro para comprar coisas.
Eu: Coisas? que coisas?
Isadora: Brinquedos, mãe.
Eu: E quem te falou sobre isso?
Isadora: Papai disse que quem não trabalha não tem dinheiro para comprar coisas.
Eu: Hum. Quando você crescer e trabalhar você quer se rica, é isso?
Isadora: Sim. Agora não posso trabalhar, né?

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Isadora: Mãe, queria jantar na escola.
Eu: Por que?
Isadora: A comida da escola é mais gostosa.
Eu: Ah é? e o que tem lá que aqui em casa não tem? (não sou eu que cozinho em casa mas fiquei ofendida)
Isadora: Couve-flor e mamão!
Eu: Engraçado, aqui em casa você não come mamão.
Isadora: Na escola eu como porque é mais gostoso. (como se tivesse algum segredo em servir mamão)
Eu: Então, tá.
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Eu: Isadora, se você comer direitinho tem sobremesa-surpresa.
Isadora: O que é, mãe?
Eu: É surpresa.
Isadora: É uva? goiaba? laranja? (que orgulho ver minha filha comer fruta de sobremesa)
Eu: Não. É sobremesa do tipo porcaria. Só hoje, hein?
.....algum tempo depois
Isadora: Mãe, comi tudo. Vem ver. O que é a sobremesa? (nunca que ela acaba de comer e me chama para ver o prato dela)
Eu: Tá na geladeira. É um chandelle de chocolate.
Isadora: Hum, mãe. Essa sobremesa tava genial. (genial é ouvi-la falar genial)

domingo, 24 de maio de 2009

Mãe, quando eu tiver meus filhos...

Isadora: Mãe, pega água pra mim! (bem mandona e quase gritando)
Eu: Vê lá como fala comigo, menina.
Isadora: Mãe, pega logo! (não mudou nada o jeito de falar)
Eu: Isadora, não fala assim com sua mãe.
Isadora: Mãe, quando eu tiver meus filhos, vou deixar eles fazerem tudo o que quiserem!
Eu: Tudo mesmo?
Isadora: Tudo, menos brincar com faca, garfo e tesoura. Não vão atravessar a rua sozinhos nem subir nas prateleiras. Mas o resto vão fazer o que quiser.
Eu: Você vai deixar eles gritarem com você?
Isadora: Se eles quiserem, vou sim.
Eu: Então, cresça e tenha seus filhos. Deixa eles gritarem com você mas comigo você não grita, tá?
Isadora: Ah, mãe. Pega água, por favor. (já meiguinha)
Eu: Claro, filha.

domingo, 17 de maio de 2009

Entre lápis de cor, papel, cola, tesoura, tintas...

Isadora está na fase de desenhar, recortar, colar, pintar, de fazer arte. Ela está cada vez mais habilidosa com os diversos apetrechos artísticos, principalmente com a tesoura. Precisam ver como ela recorta contornando perfeitamente as bordas das figuras.
Descontando a corujice da família e os elogios das professoras (esses para "amansar" os pais), acho que ela tem mesmo jeito pra coisa.
Dia desses, eu e Marcelo levamos Isadora para prestigiar um evento na Vila Madalena, chamado Arte da Vila, em que os ateliês abrem suas portas ao público para mostrarem um pouco seu trabalho. Paramos em um ateliê em que a Isadora pode sentar no chão com tintas e papel e deixar fluir sua arte. O resultado foi tão bom que a dona do ateliê nos disse que Isadora tem alma de artista. Nós acreditamos, claro! Segue a foto do primeiro trabalho da Isadora em um ateliê de verdade. Tentem adivinhar o que é. Vou dar uma dica: observem as quatro bolinhas verdes no desenho.



No início, não dá perceber mas se olharmos com mais cuidado é possível enxergar um....CARRO. Sim, um carro, oras. A dona do ateliê ficou impressionada com tamanha imaginação. Desde desse dia, em que absorveu os ares da Vila, os dotes artísticos da Isadora estão mais evidentes (olha a viagem da minha cabeça!). Quer ver uma coisa? No desenho abaixo, que faz parte de um livro de colorir, Isadora rabiscou diversas linhas com lápis azul. O que isso significa?



Depois de muito olhar e não entender, Isadora explicou na seguinte conversa.
Isadora: Mãe, sabe o que significa as linhas azuis?
Eu: Não sei não. O que é?
Isadora: São as ondas do mar que estão muito fortes. E como elas estão muito fortes nem deu para pintar o resto do desenho (reparem que ela não pintou mais nada além das linhas azuis).

Ela tem ou não "alma de artista"?


segunda-feira, 11 de maio de 2009

Presente de Dia das Mães


Domingo passado, Isadora fez um cartão para mim com a ajuda da Tia Cila (tia e madrinha do Marcelo). As duas capricharam e o cartão ficou lindo. Isadora guardou segredo sobre o cartão a semana inteira. Apenas hoje pela manhã que ela me entregou o cartão junto com o presente que o Marcelo me deu.
Depois que me tornei mãe, a cada ano o Marcelo se supera na escolha do meu presente. Um mais lindo do que o outro. Ele diz que os presentes do Dia das Mães são mais elaborados do que os de aniversário e Natal, porque ser mãe foi uma escolha minha e vale a pena o capricho. Eu acho isso de uma doçura da parte dele. Apesar de todo o comércio envolvido nessas datas comemorativas, qual a mãe que não fica feliz com um presente no Dia das Mães? Da jóia ao cartão rabiscado com as primeiras letrinhas: é uma emoção indescritível. Amo acordar nesse dia e ver o que o Marcelo planejou com a Isadora. Sim, ela participa todo ano. Hoje, eles ficaram sussurando no corredor enquanto eu amamentava o Renato na sala. Depois eles vieram para a sala. A carinha da Isadora, marota, feliz, segurando o presente e o cartão, Marcelo, todo orgulhoso da surpresa que preparou, o Renato, no meu colo mamando: foi meu melhor presente.

domingo, 10 de maio de 2009

Festa do Dia das Mães na escola


Todo ano, a escolinha da Isadora promove uma festa para comemorar o Dia das Mães. Dias antes, as crianças confeccionam o presentinho das mães com a ajuda das tias e ensaiam algumas canções para apresentarem no dia da festa. O presente é sempre uma deliciosa surpresa, algo singelo mas de muito valor sentimental. Afinal, as mães sabem que aquela lembrancinha é obra das mãozinhas dos seus pequenos. As crianças comentam com alegria sobre os preparativos do presente e dos ensaios para a festa. No grande dia, lá estão as mães com seus filhos, ansiosas, felizes, orgulhosas. Não importa se o filho cante direitinho a musiquinha ensaiada, se chore, se divirta, se fique mudo ou envergonhado. A comoção é geral. Incrível como a emoção toma conta de todas as mães.
O choro me pega toda vez. Na primeira festa, chorei porque Isadora com menos de dois anos, chorou desesperadamente na hora da apresentação de um versinho. Eu praticamente arranquei a Isadora do meio das crianças, para salvá-la de tamanho desespero. Nem lembro o que recitaram naquele dia.
Ano passado, chorei porque ela já estava mais crescida, cantou em inglês um trecho da música "Can't take my eyes off you" e nem chorou. Lágrimas ainda rolam quando ela cantarola pela casa o "I love you baby and if it's quite all right, I need you baby to warm the lonely nights...".
Este ano, a música ensaiada foi "Estrela" do Gilberto Gil. Mães e filhos ficaram frente a frente. Olhando nos meus olhos, Isadora cantou "Há de surgir/Uma estrela no céu/Cada vez que ocê sorrir/Há de apagar/Uma estrela no céu cada vez que ocê chorar/O contrário também bem que pode acontecer/De uma estrela brilhar quando a lágrima cair/Ou então de uma estrela cadente se jogar/Só pra ver a flor do seu sorriso se abrir". Eu já achava a música bonitinha, agora cantada pela Isadora ficou mais fofa ainda. Ouçam. Vale a pena e não tem como não se emocionar imaginando a cena de um monte de garotinhos e garotinhas cantando essa música para suas mães babonas.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Pedro nasceu!!!!!!


O mais novo integrante da família nasceu hoje e se chama Pedro. Ele é primo da Isadora e do
Renato. Parabéns aos pais, João e Adriana. Esqueçam as noites longas de sono e os dias com pouca emoção. A partir de hoje, suas vidas vão virar deliciosamente do avesso. Nenhum dia vai ser igual ao outro ao lado desse serzinho de luz, que veio ao mundo para brilhar, ser feliz e fazer muita gente feliz. Feliciades e muita saúde para o Pedro.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Vai acordar a mulher do 11!

Isadora tem uma mesinha cor-de-rosa na cozinha onde faz as refeições. Toda manhã, eu peço para ela não arrastar a tal mesa para não fazer barulho e acordar a moça do 11 (nós moramos no 12 andar). Hoje, na hora do almoço, ela tirou a mesa do lugar. Mais tarde eu pedi para ela colocar a mesa de volta no lugar. Segue a conversa:

Eu: Isadora, coloca a mesa no lugar.
Isadora: Estou cansada demais para carregar, mãe.
Eu: Então arrasta a mesa.
Isadora: Não, mãe. Vai acordar a mulher do 11.
Eu: (rindo muito). A mulher do 11 já acordou faz tempo. Deixa de onda e põe a mesa no lugar.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Mãe, como você é folgada, hein?

Eu estava terminando o jantar e descasquei uma mexerica (na minha terra é tudo tangerina) para comer como sobremesa. Como eu estava raramente sentada numa cadeira e com preguiça de levantar, chamei a Isadora para jogar as cascas no lixo. Se liga na conversa da pequena!

Eu: Isadora!!! (não gritei não, ela estava pertinho de mim)
Isadora: Quié? (no meu tempo a resposta dos meus pais seria: Quié não! é Senhor ou Senhora)
Eu: Joga essas cascas no lixo, por favor! (confesso que uso mais por favor agora que tenho filhos)
Isadora: Tá bom, mãe.

Ela pegou as cascas
e jogou direitinho na lixeira (orgulho da mamãe). Na volta, sapecou:

Isadora: Mãe, como você é folgada, hein?
Eu: Folgada????? Como assim, folgada? Folgada, por quê?
Isadora: Porque você nem quis levantar para jogar as cascas no lixo e me chamou!
Eu: Ah, tá. E quando você me pede para fazer algo para você, você também não é folgada?

Ela não respondeu e voltou para os afazeres dela.

Você não está sufocando ele?


Estava eu passeando com o Renato dormindo no sling (veja aqui o que é sling) quando uma senhora muito bem intencionada (claro!) vem puxar conversa.
Senhora: Olha isso que diferente. Tem um bebê aí dentro e tá dormindo? (já com cara de assustada, né?)
Eu: Ah, sim. Ele gosta muito de ficar aí dentro. Dorme que é uma beleza. (eu com uma paciência que não me é peculiar)
Senhora: Mas ele não tá sufocando, não?
Eu: Se ele estivesse sufocando já tava morto, né? (parti para a ignorância)
Senhora: hehehehe (sorriso amarelo depois de quase morrer de susto pela resposta que ouviu)

sábado, 2 de maio de 2009

Palpites de estranhos (post irritado)

Por que será que pessoas desconhecidas se acham no direito de dar palpites na vida do bebê dos outros? Que raios de mania é essa de gente que nunca vi e chega falando como se fosse minha melhor amiga (ou pior inimiga?) prá me criticar, me aconselhar ou sei-lá-o-que-mais?
São "conversinhas absurdas" quase sempre acompanhadas de expressões como "Tadinho" ou "Que judiação".
Engraçado que ninguém vem palpitar se estou com pouca roupa no frio, que minha cabeça está fora do lugar quando durmo desajeitada no metrô ou se minhas pernas vão ficar tortas porque estão dobradas de forma estranha. Agora deixa meu bebê estar em uma dessas situações ou outras afins. Toda hora vai aparecer alguém para falar que estou fazendo algo de errado com o tadinho, judiando dele. Coisas do tipo:

"Ai deus do céu, com todo esse vento ele não está com frio, não? Põe uma touca nele, olha a corrente de ar!" (a corrente de ar é o verdadeiro bicho-papão dos bebezinhos, algo mais temido que a gripe suína)
"Tadinho, ele não vai ficar com as pernas tortinhas neste troço? " (o troço é o canguru)
"Que judiação, ele está com a cabeça caída dormindo assim neste troço. Deve estar incomodando, né" (se o bichinho está dormindo é lógico que não está incomodando. Bebê quando não está bem, não dorme, berra!)

Na época em que a Isadora era bebê, palpites me deixavam louca principalmente porque eu era mãe-de-primeira viagem. Sabe como é, insegura, vacilante, querendo provar que era capaz de cuidar de um bebê, etc. Nessa situação já era difícil aceitar palpites de parentes (mãe e sogra então!), imagina de uma senhorinha desconhecida toda disfarçada de boazinha me dizendo o que fazer ou não com meu bebê? Argh! Que ódio! E o pior que eu não sei o que acontecia que eu ficava lá com cara de paisagem e de sorriso amarelo fingindo que ouvia o famigerado palpite.
Hoje em dia com o Renato sou mais segura e escolada com os palpites. Não me irrito mais nem sou educada como antigamente, não. Normalmente, se o palpite não me ofende, até converso um pouquinho discordando firmemente da palpiteira (ou raramente palpiteiro) ou dou uma ignorada total virando as costas sem dizer uma palavra, se aparece algo absurdo.

Gostaria, se for possível, que alguém me explicasse que tipo de fenômeno é esse em que as mulheres que já são mães acham que podem interferir na criação dos filhos das outras (conhecidas ou não). Será que tem alguma explicação? Freud ou Darwin devem explicar!

Explicações à parte, sempre que ouvir um palpite interessante (para não dizer absurdo) vou postar aqui no blog para render boas risadas.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Mãe, quero passar chapinha no cabelo!


Isadora: Mãe, quero passar chapinha no meu cabelo!
Eu: E você sabe o que é chapinha?
Isadora: Claro que sei. É aquilo que usa no cabelo prá ficar liso (ela tem os cabelos lindamente cacheados)
Eu: Quem te ensinou isso? Em casa, ninguém usa chapinha.
Isadora: A Paloma* da minha escola usa chapinha. Ela me contou que mãe dela que passa no cabelo dela.
Eu: Isadora, seu cabelo é lindo. Quem disser o contrário está com inveja.

*nome fictício para preservar a identidade da amiga de apenas 5 anos que já usa chapinha no cabelo!

Comentário: Onde esse mundo vai parar? Meninas de apenas 4-5 anos já estão insatisfeitas com sua própria imagem ou seriam os pais que estão insatisfeitos com a imagem dos filhos?

terça-feira, 28 de abril de 2009

Isadora me amando

Na hora de dormir, depois da maratona de dar banho, vestir pijama, tomar leite, escovar os dentes e pôr Isadora na cama.
Isadora: Mãe, você é linda.
Eu: Oh, filha. Você também é linda.
Isadora: Mãe, você não disse obrigada.
Eu: Ah, sim. Obrigada.
Isadora: Obrigada também, mãe.

Isadora me dando bronca

Isadora: Mãe, se eu fosse você e você fosse eu...eu não brigaria tanto com você, sabia?
Eu: E eu brigo tanto assim com você? (indignada e já morrendo de culpa...)
Isadora: Sim, mãe. Você fala brava e uns dias até grita.
Eu: Ai, Isadora. Mamãe vai tentar não brigar mais, tá? (ai, meu deus! mais um ser humano que acha que sou brava)

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Papeando com a Isadora

Papo 1
Isadora: Mãe, eu joguei no computador com a Vovó Malu.
Eu: Ah é? E o jogo era para criança ou adulto?
Isadora: O jogo era INFANTIL né mãe? (com cara de quem sabe tudo)
Eu: (Risadas com cara de quem não sabe onde Isadora aprendeu o que significa infantil)

Papo 2
(Na hora de dormir, eu contando uma estória do Potrinho Jacinto da coleção animais da fazenda)
Eu: Isadora, você sabe o que é um potro?
Isadora: Claro que sei. É um bebê de cavalo.
Eu: Mas o bebê do cavalo não é o pônei? (juro que não sabia a diferença entre ponei e potro)
Isadora: Não mãe. O pônei é ADOLESCENTE.
Eu: (mais risadas ainda do que no Papo 1)

P.S: Não sei se bebê e pônei ainda levam acento mas vou escrever do jeito que aprendi porque essa tal de reforma ortográfica está me deixando louca!

domingo, 26 de abril de 2009

Livraria NOVESETE - Imperdível

Tenho uma dica ótima para quem gosta de levar os filhos ao mundo maravilhoso dos livros. Um ambiente pra lá de interessante, com pufes espalhados, excelentes livros infantis à vontade para ler (e comprar, claro!), café gostoso para os pais ao fundo da livraria e mais ao fundo ainda um grande e convidativo galpão usado para envolver as crianças com contação de estórias, música, artes e oficinas. Estou falando da Livraria Novesete especializada em literatura infanto-juvenil. Fica na Vila Mariana, Rua França Pinto, 97 (ninguém me contou mas acho que o nome vem daí!).
Eu diria que é o paraíso dos livros para crianças. Não tem aquela confusão de livros, pessoas se acotovelando, crianças correndo como se vê nas grandes livrarias. É inteiramente focada no seu público alvo além de oferecer conforto e distração para os pais também, já que ouvir estórias infantis é gostoso em qualquer idade, não é mesmo?
O galpão de atividades (não sei se esse é o nome, eu que chamo assim) é um show à parte. É grande, com pé direito alto, plantas naturais, pintura ao fundo, banquinhos para os pais e outros banquinhos menores e tapetes para as crianças sentarem bem de frente ao tablado (parece um palco de teatro mas é baixinho) onde são feitas as atividades da livraria.
É possível se cadastrar para receber a programação da livraria por e-mail. Vale a pena!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Qualquer SESC da vida é sempre bom

Quer um passeio sem medo de ser feliz? Vá no SESC mais próximo da sua casa e não se arrependerás.
Confira antes a programação de cada unidade, por data, atividade, do jeito que você quiser.
Minha sugestão é a programação infantil grátis que inclui contação de histórias, oficinas, espaços lúdicos, etc.
As peças de teatro infantil são ótimas mas requerem um pouco mais de planejamento porque os ingressos se esgotam facilmente. Vale a pena comprar ingressos com antecedência.
Meu SESC preferido é o Pompéia. Espaço bonito, irreverente e cheio de coisas pra fazer.

O que fazer no fim de semana

Todo fim de semana é a mesma coisa. Onde almoçar, onde jantar, qual passeio. Oh dúvida cruel. E olha que a cidade de São Paulo é cheia de opções para todas as idades, todos os gostos e bolsos.
Tento fugir dos shoppings, dos restaurantes caros e passeios a lugares badalados.
Vou postar aos poucos minhas dicas de passeios, restaurantes, micos, etc.

Mãe, quero sair do integral

Isadora: Mãe, quero chegar tarde na escola, junto com o Arthur e o Nicolas. Eles levam lanche e tudo.
Eu: Isadora, eles não são do integral por isso levam lanche.
Isadora: Eu também quero levar lanche. Eles levam bisnaguinha com queijo e bala.
Eu: Você nem gosta de queijo e bala é porcaria.
Isadora: Tá bom, eu como bisnaguinha com manteiga mesmo e nada de bala. Agora eu quero sair do integral prá levar lanche!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Quem sou eu

Sou mãe de dois.
Isadora é a mais velha, a primeira, a irmã grande. Menina sapeca, falante, esperta e linda (sim, sou mãe coruja). Ela completa 4 anos dia 28 de maio.

Renato é o pequenino, o bebê, o princeso, o gatãozinho. Está com 4 meses. Mama no peito, vive no colo, passeia no sling ou canguru e é um bebê lindo e simpático.

Isadora diz: "Mamãe, o Renato é um fofo."
Eu digo: "Sim, ele é. E você é fofa, minha linda"

Um blog para chamar de meu

Leio tantos blogs com uma pontada de inveja. Poxa vida, eles escrevem sobre o que entendem, o que gostam ou desgostam e se sentem bem demais fazendo isso. Eu me pergunto: por que eu não tenho um blog, oras. Mas não sei ao certo do que entendo, do que gosto ou desgosto nem sei se me sentiria bem demais fazendo isso. Enfim, cansei de pensar em como seria ter um blog. Pronto! Agora tenho um blog para chamar de meu!