terça-feira, 30 de novembro de 2010

Renato vai completar 2 anos

No próximo sábado, dia 04 de dezembro, Renato completa 2 aninhos de pura gostosura. Meu magrelo Tato está cada dia mais esperto e alegre. Brinca pela casa, revira tudo e adora TV (tudo bem, ele se conforma em assistir Cocoricó, Barney e Toy Story). Dorme e acorda falando em assistir seu programa favorito, dizendo simplesmente "Cocó". Entre seus brinquedos favoritos, carros, bichos e Lego. Depois que descobriu o Creator não quis mais saber do duplo. Apesar da pouca idade, brinca muito bem com esses bloquinhos (ai, que orgulho). Outra coisa que adora é que leiam pra ele. Ele fica ali sentadinho no nosso colo, prestando uma atenção danada na leitura. Isadora está se adaptando ao irmão e às gracinhas que ele trouxe. Não tem sido fácil pra ela! Quanto a ele, segue a irmã mais velha por toda parte, imita seus gestos, falas e brincadeiras. Quer o que ela tem e quer que façam igual pra ele. Quando percebe que ela não está por perto, fica chamando "Dodó, dodó". Que fofo.
Um dia desses, ele era um bebê chorão e exigente, agora um menino alegre e esperto. Ainda bem que o tempo passa.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Meu filho vai para a guerra

Devido à boa repercussão sobre o último post em que publiquei o excelente "Crianças Foie Gras", da Tais Vinha do blog Ombudsman, transcrevo aqui outro texto dela muito interessante também:

Meu filho vai pra guerra.


Houve um tempo em que os filhos eram tirados novinhos da proteção dos pais e criados para virar guerreiros.
Crescidos e bem treinados eram enviados para as guerras sem fim, de uma antiguidade onde tudo se resolvia a golpe de espadas.
Muitos não retornavam. Os que conseguiam, traziam nas bolsas os prêmios da vitória. E no corpo as marcas das luta: cicatrizes, mãos amputadas, pernas mancas.
Hoje em dia, para a alívio das mães, nossos filhos não são mais confiscados no berço em defesa da pátria. Mas nem por isso deixarão de guerrear. E com nosso apoio e estímulo.

Preparamos nossos filhos desde a mais tenra idade para a batalha da vida moderna. Queremos que eles sejam bilingues, que estudem nas melhores escolas, que façam esportes, informática, música, artes, kumon, simulados etc. Para quê? Para terem mais chances de vencer uma outra guerra. A guerra do mercado. Onde só sobrevivem os mais preparados. E dá-lhes preparação. Não queremos criar perdedores!
Daí, um dia, eles partem pra luta. Enfrentam competição desumana, superiores autoritários, convivem com o facão do RH dia e noite nos seus pescoços, comem mal, dormem pouco, sofrem com as explosões na bolsa de valores e com os tiroteios da vida corporativa, não tem tempo para ver os amigos.
Os anos passam e quem vence exibe o carrão lustroso, a parafernália raitéc, o quiosque do churrasco, a cozinha de aço inox, o armário repleto de roupas que não dá pra se usar numa vida. Trazem nas carteiras os cartões de crédito que financiam os prêmios da vitória. E no corpo, as marcas da luta: sobrepeso, estresse, pressão alta, diabetes, insônia, inapetência sexual, tabagismo, alcoolismo, dependência química, solidão, consumo compulsivo, filhos carentes...só para citar alguns dos males dos guerreiros e guerreiras de hoje.
Como as mães de antigamente, os receberemos sempre de braços abertos, cheias de alegria e festa. E no fundo do peito a agonia de quem sabe que o preço da luta é alto demais.
Me pergunto se as mães da antiguidade de vez em quando também questionavam: "Filho meu, essa guerra à qual você tanto se dedica, é mesmo em benefício de quem?"