sexta-feira, 30 de julho de 2010

Vocabulário do Renato

Já comentei por aqui que o vocabulário do Renato é muito peculiar. Das poucas palavras que ele fala, algumas são em português, outras no Renatês (aquelas que só entende quem convive com ele) e o para todo resto "esse, esse".
Ah, sim. Seria injustiça minha não dizer que ele já fala algumas frases:
"Tau, tau" (se despede acenando a mãozinha)
"Mãe, mãe. Ó, ó, ó..." (ele fala isso puxando minha mão para mostrar algo que fez ou quer que faça pra ele).
"Pai, pai. Ó, ó, ó..." (idem)
"Mão, mão" (idem, quando não sou eu nem o Marcelo o interlocutor)

Hoje ele falou dodói.
Sem mais no momento.

Como papai e mamãe se conheceram

Eu: Isadora você sabe como eu e seu pai nos conhecemos? (um dia conto aqui como foi)
Ela: Não, mãe. Mas eu imaginei assim: (senta que lá vem estória...)
Vocês dois moravam cada um numa casinha de frente pra outra. A casinha de vocês era que nem a dos três porquinhos, só que era a casinha de palha, sabe? Aí, vocês ficavam lá olhando um pro outro, se olhando.. Até que um dia, vocês saíram, se encontraram e se beijaram na boca!

Toda essa estorinha foi ela mesma que fantasiou na cabecinha dela. Acho até que ela já tinha pensado nisso mas nunca verbalizado. O mais legal de tudo foi quando ela falou sobre beijar na boca. Ela sussurrou no meu ouvido, como se tivesse falando algo proibido, sei lá. Achei tão bonitinho.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Qual o número desse choro?

Isadora estava muito chorona ultimamente. Chorava por qualquer motivo. Eu achava que era por causa do nascimento do Renato e que naturalmente ela queria voltar a ser bebê. Mas o tempo passou, Renato deixando de ser bebê e a Isadora continuava chorona. Lembrando de uma conversa sobre crianças com uma pessoa da família, que determinava graus de dor para machucados, adaptei a regra para motivos de choro. Combinei com a Isadora que os motivos de choro iriam de 0 a 5. Motivos de 0 a 2 não pode chorar. Motivo 3 pode chorar pouquinho. Motivos 4 e 5 pode chorar muito e quanto tempo quiser.
Cada vez que ela começava a chorar, eu perguntava: "Qual o número desse choro, Isadora?". Ela mesma avaliava o número do choro. Se fosse um motivo bobo, ela dizia: "É número 0, mãe!" e parava de chorar imediatamente. Se fosse uma tristeza muito grande ou um machucado bem forte, ela dizia chorando e com a voz fraquinha: "É número 5, mãe!"
Só sei que esse método funcionou que é uma beleza. Isadora já não choraminga tanto e até tira sarro do Renato. "Mãe, quase todos os choros do Renato são número 0".
O interessante desse método é que ela mesma avalia e quantifica o motivo do choro. Ninguém melhor do que ela prá dizer se o motivo é forte ou não para chorar.

Mãe imaginária!

Isadora veio com uma conversa fiada de que queria que eu fosse mais carinhosa e menos brigona (bem o oposto do pai, né?). Veio até me comparar com a mãe de uma amiguinha:
-"Mãe, a mãe da fulana é tão boazinha, nem briga com ela". (Vê se eu posso com essa??)
Respondi:
-"Vai ver fulana obedece logo que a mãe pede e não faz que nem você que me obriga a pedir mais de 3 vezes a mesma coisa!" (Tá, eu estou colocando culpa nela. Por que as mães têm que carregar toda a culpa do mundo? Filho tinha que ter culpa em alguma coisa. Nem que fosse pra ser culpado da mãe ser chata e brigona que nem eu. hehehehehehe)

Bom, depois de ouvir essa conversinha por mais de 3 vezes (é o meu limite) mandei logo a verdade nua e crua pra Isadora:
- "Filha, eu sou a única mãe que você tem. Mãe, a gente só tem uma. Eu, chata ou brigona, sou a mãe que você tem. Se você não está satisfeita, inventa uma mãe imaginária pra você. Faz com que ela seja do jeito que você quer. Aí eu fico sendo só a mãe do Renato (tá, eu apelei para o mortal ciúme do irmãozinho!).
Ela toda chorosa, vira pra mim e fala:
- Não, mãe. Eu quero é você. Não quero uma mãe imaginária, não!
Fiquei arrependida de pegar tão pesado com ela e amenizei:
- Oh, filha. Você é a filha que eu sempre quis ter. Você é do jeitinho que eu sonhei, tá?
- Tá, mãe. Você é a mãe que eu sempre quis também. (e me abraçou tão forte de um jeito que nunca vou esquecer)

Foi um santo remédio. Nunca mais Isadora quis uma mãe diferente. É claro que tenho me esforçado muito pra ser menos chata e mais paciente com ela. Isadora não dá trabalho e é super obediente. Eu que preciso me adaptar ao ritmo dela.

domingo, 4 de julho de 2010

Renato com 1ano e 7meses

Renato cresceu e muito. Não estou falando de tamanho mas de inteligência e esperteza (que é o que importa, né?). Ele continua o magrelo de sempre. Anda quase correndo no melhor estilo robozinho de ser. É forte e ágil para o tamanhinho dele. Gosta de escalar sofás, cadeiras e arrisca subir e descer escadas. Adora se esconder lá no fundinho do elevador e dá um trabalho danado pra tirar ele de lá. Entende tudo o que falamos pra ele, nós não entendemos quase nada do que ele tenta dizer. Ele se comunica através de palavras curtas e vários grunhidos, gritos e gestos. É um hominho das cavernas. Ele sabe dizer bem o que quer e o que gosta: mamãe, carro, gol (entenda-se bola), desce (que pode ser sobe dependendo do contexto), pão, mamão, mamar e esse-esse (para todo o resto). Demorou mas aprendeu a falar papai. Quando quer nos mostrar alguma coisa, pega na nossa mão e nos arrasta com ele. Já não se esgoela mais na cadeirinha desde que começou a ir para o berçário. Se viu obrigado a se acostumar tanto com a escola quanto sentado quieto na cadeira. Oh mundo cruel! Aprendeu a empilhar blocos, encaixar peças e reconhece todos os seus pertences e brinquedos. Se apropria na força das coisas da Isadora. Ela, como lady que é, choraminga mas cede.
No próximo post, conto mais das novidades do Renato (ou Tato como é chamado pela Isadora e o Marcelo, por mim: pitico, pititico e outras variações)

Manifesto pelas mães



Sempre que posso visito o blog Ombudsmãe, da Tais Vinha, mãe escritora e palpiteira como ela mesma se define. O blog dela é muito interessante, tem posts tanto engraçados, quanto inteligentes e profundos sobre tudo que envolve esse mundo louco da maternidade.
Passeando por lá, vi uma campanha com a qual me identifiquei muito. É um manifesto sobre a valorização da maternidade. Assinei com muito orgulho.
Para saber do que se trata, clica aqui. Para detalhes da campanha vai lá no blog da Tais (ah, sim, não sou amiga da Tais, ela nem me conhece, hehehe. Pareço íntima mas não sou!!)