Isadora veio com uma conversa fiada de que queria que eu fosse mais carinhosa e menos brigona (bem o oposto do pai, né?). Veio até me comparar com a mãe de uma amiguinha:
-"
Mãe, a mãe da fulana é tão boazinha, nem briga com ela". (Vê se eu posso com essa??)
Respondi:
-"
Vai ver fulana obedece logo que a mãe pede e não faz que nem você que me obriga a pedir mais de 3 vezes a mesma coisa!" (Tá, eu estou colocando culpa nela. Por que as mães têm que carregar toda a culpa do mundo? Filho tinha que ter culpa em alguma coisa. Nem que fosse pra ser culpado da mãe ser chata e brigona que nem eu. hehehehehehe)
Bom, depois de ouvir essa conversinha por mais de 3 vezes (é o meu limite) mandei logo a verdade nua e crua pra Isadora:
- "
Filha, eu sou a única mãe que você tem. Mãe, a gente só tem uma. Eu, chata ou brigona, sou a mãe que você tem. Se você não está satisfeita, inventa uma mãe imaginária pra você. Faz com que ela seja do jeito que você quer. Aí eu fico sendo só a mãe do Renato (tá, eu apelei para o mortal ciúme do irmãozinho!).
Ela toda chorosa, vira pra mim e fala:
-
Não, mãe. Eu quero é você. Não quero uma mãe imaginária, não! Fiquei arrependida de pegar tão pesado com ela e amenizei:
- Oh, filha. Você é a filha que eu sempre quis ter. Você é do jeitinho que eu sonhei, tá?- Tá, mãe. Você é a mãe que eu sempre quis também. (e me abraçou tão forte de um jeito que nunca vou esquecer
)Foi um santo remédio. Nunca mais Isadora quis uma mãe diferente. É claro que tenho me esforçado muito pra ser menos chata e mais paciente com ela. Isadora não dá trabalho e é super obediente. Eu que preciso me adaptar ao ritmo dela.