quinta-feira, 15 de julho de 2010

Mãe imaginária!

Isadora veio com uma conversa fiada de que queria que eu fosse mais carinhosa e menos brigona (bem o oposto do pai, né?). Veio até me comparar com a mãe de uma amiguinha:
-"Mãe, a mãe da fulana é tão boazinha, nem briga com ela". (Vê se eu posso com essa??)
Respondi:
-"Vai ver fulana obedece logo que a mãe pede e não faz que nem você que me obriga a pedir mais de 3 vezes a mesma coisa!" (Tá, eu estou colocando culpa nela. Por que as mães têm que carregar toda a culpa do mundo? Filho tinha que ter culpa em alguma coisa. Nem que fosse pra ser culpado da mãe ser chata e brigona que nem eu. hehehehehehe)

Bom, depois de ouvir essa conversinha por mais de 3 vezes (é o meu limite) mandei logo a verdade nua e crua pra Isadora:
- "Filha, eu sou a única mãe que você tem. Mãe, a gente só tem uma. Eu, chata ou brigona, sou a mãe que você tem. Se você não está satisfeita, inventa uma mãe imaginária pra você. Faz com que ela seja do jeito que você quer. Aí eu fico sendo só a mãe do Renato (tá, eu apelei para o mortal ciúme do irmãozinho!).
Ela toda chorosa, vira pra mim e fala:
- Não, mãe. Eu quero é você. Não quero uma mãe imaginária, não!
Fiquei arrependida de pegar tão pesado com ela e amenizei:
- Oh, filha. Você é a filha que eu sempre quis ter. Você é do jeitinho que eu sonhei, tá?
- Tá, mãe. Você é a mãe que eu sempre quis também. (e me abraçou tão forte de um jeito que nunca vou esquecer)

Foi um santo remédio. Nunca mais Isadora quis uma mãe diferente. É claro que tenho me esforçado muito pra ser menos chata e mais paciente com ela. Isadora não dá trabalho e é super obediente. Eu que preciso me adaptar ao ritmo dela.

5 comentários:

Unknown disse...

Os filhos demoram para reconhecer o lado bom dos pais.
Mas, quem sabe, depois de terem os próprios filhos, um dia eles se colocquem no lugar dos pais e consigam ter uma avaliação mais racional.

Papa-Chibé disse...

Você retrata de forma divertida seu cotidiano de mãe aos lados de seus filhotes. Apesar de dizer que seu limite são três vezes, utiliza uma importante ferramenta na educação, o diálogo.
Claro, que os excessos são inevitáveis, mas na arte de educar, quem nunca cometeu erros na intençao de acertar?

http://silvia-maededois.blogspot.com disse...

Papa-chibé, obrigada por comentar. E obrigada por me lembrar que a gente erra querendo acertar em matéria de educação dos filhos. Vivo me policiando para não cometer excessos mas não sou perfeita, não é mesmo?
Abraço,
Silvia

Anônimo disse...

Meu filho também, de vez em quando vem com esse tipo de conversa, principalmente se está frio e o coloco pra dentro enquanto os seus amiguinhos continuam brincando na friagem, mas outro dia, um deles ficou muito doente e então eu falei pra ele: tá vendo só, é pra proteger você que a mamãe as vezes tem que ser chata...se a mãe do seu amiguinho (que vc disse que queria que eu fosse igual a ela) tivesse colocado ele pra dentro também naquele dia, ele não teria que perder tantos dias de brincadeiras e, por eu cuidar bem de você, só perdeu umas horinhas daquela noite.
Agora ele me diz que sabe que eu só não quero que nada de ruim aconteça com ele.

Gisa Tavares disse...

Meu filho também, de vez em quando vem com esse tipo de conversa, principalmente se está frio e o coloco pra dentro enquanto os seus amiguinhos continuam brincando na friagem, mas outro dia, um deles ficou muito doente e então eu falei pra ele: tá vendo só, é pra proteger você que a mamãe as vezes tem que ser chata...se a mãe do seu amiguinho (que vc disse que queria que eu fosse igual a ela) tivesse colocado ele pra dentro também naquele dia, ele não teria que perder tantos dias de brincadeiras e, por eu cuidar bem de você, só perdeu umas horinhas daquela noite.
Agora ele me diz que sabe que eu só não quero que nada de ruim aconteça com ele.