sábado, 2 de maio de 2009

Palpites de estranhos (post irritado)

Por que será que pessoas desconhecidas se acham no direito de dar palpites na vida do bebê dos outros? Que raios de mania é essa de gente que nunca vi e chega falando como se fosse minha melhor amiga (ou pior inimiga?) prá me criticar, me aconselhar ou sei-lá-o-que-mais?
São "conversinhas absurdas" quase sempre acompanhadas de expressões como "Tadinho" ou "Que judiação".
Engraçado que ninguém vem palpitar se estou com pouca roupa no frio, que minha cabeça está fora do lugar quando durmo desajeitada no metrô ou se minhas pernas vão ficar tortas porque estão dobradas de forma estranha. Agora deixa meu bebê estar em uma dessas situações ou outras afins. Toda hora vai aparecer alguém para falar que estou fazendo algo de errado com o tadinho, judiando dele. Coisas do tipo:

"Ai deus do céu, com todo esse vento ele não está com frio, não? Põe uma touca nele, olha a corrente de ar!" (a corrente de ar é o verdadeiro bicho-papão dos bebezinhos, algo mais temido que a gripe suína)
"Tadinho, ele não vai ficar com as pernas tortinhas neste troço? " (o troço é o canguru)
"Que judiação, ele está com a cabeça caída dormindo assim neste troço. Deve estar incomodando, né" (se o bichinho está dormindo é lógico que não está incomodando. Bebê quando não está bem, não dorme, berra!)

Na época em que a Isadora era bebê, palpites me deixavam louca principalmente porque eu era mãe-de-primeira viagem. Sabe como é, insegura, vacilante, querendo provar que era capaz de cuidar de um bebê, etc. Nessa situação já era difícil aceitar palpites de parentes (mãe e sogra então!), imagina de uma senhorinha desconhecida toda disfarçada de boazinha me dizendo o que fazer ou não com meu bebê? Argh! Que ódio! E o pior que eu não sei o que acontecia que eu ficava lá com cara de paisagem e de sorriso amarelo fingindo que ouvia o famigerado palpite.
Hoje em dia com o Renato sou mais segura e escolada com os palpites. Não me irrito mais nem sou educada como antigamente, não. Normalmente, se o palpite não me ofende, até converso um pouquinho discordando firmemente da palpiteira (ou raramente palpiteiro) ou dou uma ignorada total virando as costas sem dizer uma palavra, se aparece algo absurdo.

Gostaria, se for possível, que alguém me explicasse que tipo de fenômeno é esse em que as mulheres que já são mães acham que podem interferir na criação dos filhos das outras (conhecidas ou não). Será que tem alguma explicação? Freud ou Darwin devem explicar!

Explicações à parte, sempre que ouvir um palpite interessante (para não dizer absurdo) vou postar aqui no blog para render boas risadas.

2 comentários:

Sheila Coelho disse...

Mana,
Passei por aqui pra dizer que estou adorando o teu blog, acesso todos os dias, assim fico mais perto de vc.
beijos na Isdora e Renato.
Saudades

Anônimo disse...

Olá, passei por aqui para te "mostrar" que vi o seu blog e ele simplismente ALEGROU o nosso domingo!!! Eu e o Marcelloo não paramos de rir dos seus comentários....É como se estivéssemos conversando pessoalmente contigo! Genial (como diz a Isadora...rs)....Vou virar, ou melhor, já virei fã de carteirinha....Beijos!!! Luciana